Minhas pernas tremiam mais que vara verde em terremoto. Eu nem mesmo acreditei quando ela abriu a boca pequena para dizer sim baixinho. O primeiro encontro. Num cinema. Não fui corajoso o bastante pra onvidá-la a ir pra um lugar menos impessoal.
Eu começava a pensar. Por que ela aceitou o convite? Amizade? Mas nós mal nos falávamos. Talvez para nos conhecermos melhor. de uma forma ou de outra aquela era minha única chance.
Pus minha mão gélida e suada em cima da dela, mas com tamanha força que fez com que ela me encarasse, confusa. Lentamente, afrouxei o aperto e aproveitei o calor da sua mão. Fiquei assim por não sei quanto tempo. Talvez, uma hora, ou meia, cinco segundos.
Os créditos apareceram e todas as pessoas ao meu redor começaram a se levantar. Poxa, se eu tivesse comprado os ingressos pra assistir Senhor dos Anéis ainda teria mais duas horas com ela. Olhei em sua direção, percebendo que em seu olhar uma pergunta: "Vai ficar segurando a minha mão o resto do dia?". Sem graça soltei.
Eu começava a pensar. Por que ela aceitou o convite? Amizade? Mas nós mal nos falávamos. Talvez para nos conhecermos melhor. de uma forma ou de outra aquela era minha única chance.
Pus minha mão gélida e suada em cima da dela, mas com tamanha força que fez com que ela me encarasse, confusa. Lentamente, afrouxei o aperto e aproveitei o calor da sua mão. Fiquei assim por não sei quanto tempo. Talvez, uma hora, ou meia, cinco segundos.
Os créditos apareceram e todas as pessoas ao meu redor começaram a se levantar. Poxa, se eu tivesse comprado os ingressos pra assistir Senhor dos Anéis ainda teria mais duas horas com ela. Olhei em sua direção, percebendo que em seu olhar uma pergunta: "Vai ficar segurando a minha mão o resto do dia?". Sem graça soltei.
Era a hora de irmos. Ensaiei tanto que eu ia dizer e no entrei mudo e saí calado. Andávamos lentamente, melancólicos. Eu por motivos óbvios, ela por ter se contagiado com a minha tristeza, sei lá.
- Antes de me levar em casa preciso ir a um lugar. Tudo bem pra você? - ela me perguntou.
- Claro. - E o que mais eu diria? Que não?!
Quase meia-hora andando. Quando dei por mim já era noite e estávamos na praia. Olhei confuso para ela.
- Sabe por que aceitei sair com você? Você não é como os outros garotos. Nunca vi você com ninguém, só ficava me admirando sem coragem de tentar falar comigo. Eu me perguntava se ficaríamos assim pra sempre, mas você finalmente tomou a iniciativa. Também tinha que fazer a minha parte.
- Ela me beijou. E depois eu acordei.
- Vai se fuder, cara! Fiquei um tempão ouvindo você contar essa história e tudo não passava de um sonho? - esbravejou o meu amigo afoito a quem eu contava tudo.
- Aí minha mãe me disse que uma garota tinha me trazido em casa ontem porque eu desmaiei no meio da rua.
- Tudo isso por causa de um beijo?! Você tá é inventando essa história.
- Quando perguntada pela minha mãe quem ela disse que estudava comigo e que era minha namorada. O chato é que no outro dia meus pais ficaram me olhando com a maior cara de bobos.
- Aí minha mãe me disse que uma garota tinha me trazido em casa ontem porque eu desmaiei no meio da rua.
- Tudo isso por causa de um beijo?! Você tá é inventando essa história.
- Quando perguntada pela minha mãe quem ela disse que estudava comigo e que era minha namorada. O chato é que no outro dia meus pais ficaram me olhando com a maior cara de bobos.
Um beijo pode ser muita coisa...
ResponderExcluirQue bonitinho esse seu texto,Murilo.Qndo a gente é criança,td é tão deferente...
ResponderExcluir^^